A ideia é que as pessoas/empresas tem uma série de riscos (por exemplo, sei lá, de uma máquina estragar, de um funcionário se machucar, de uma explosão acontecer, qualquer coisa), e qualquer pessoa/empresa racional olha pra essas possibilidades e tenta lidar da melhor forma com isso.
Como eu disse, qualquer pessoa/empresa "racional" tenta lidar com essas possibilidades. O caso é que nem todo mundo é tão racional, então vou começar mencionando algo que o professor deixou pro fim da aula, que é o fato de que existe o "Gerenciamento de Risco não planejado", isto é, quando a pessoa/empresa deixa pra "apagar incêndio", ou, como o professor mencionou, usa da "teoria da Noé: noé comigo".
Passada essa menção tosca, sigamos pro Gerenciamento de Risco planejado, que é aquele que se espera que as pessoas razoáveis pratiquem. Ele se segmenta em 3 partes:
1) Primeira parte é a Identificação dos Riscos. Para isso, suponha a seguinte imagem, que separa os riscos pela frequência em que ocorrem e o dano que causam.
desculpem a frequência sem acento. Fiquei com preguiça de mexer na imagem de novo |
* no primeiro quadrante, a frequência em que ocorre o risco é alta, porém o dano dele é baixo. Nesse quadrante não tem muito o que fazer. Imagine que seja, por exemplo, numa empresa em que ocorre a perda excessiva de canetas, por furto dos próprios funcionários. Ocorre bastante, e é meio difícil de controlar né. Mas o dano é baixo e talvez nem valha a pena tentar "mitigar" (reduzir) o risco que existe. Então ok.
* no segundo quadrante, (que eu convencionei que é o do canto esquerdo abaixo), a frequência é baixa e o dano é baixo também. Imagina que seja, por exemplo, o risco de quebrar o espelho retrovisor do próprio carro. Sejamos francos, a hipótese de isso acontecer é relativamente remota, e ninguém faz seguro só pra isso, inclusive porque a seguradora não aceitaria, já que o custo de segurar uma parte tão insignificante não daria lucro. Nesse caso, é razoável aceitar que esse dano possa acontecer, "e quando acontecer a gente vê o que faz".
* no terceiro quadrante, se o dano é alto e a frequência é alta, fazer um seguro pra isso se torna inviável. Nesse caso, é melhor parar de mexer nesse vespeiro, a não ser que tu tenha bolas de aço. É como, digamos, agiotagem: a frequência com que não se recebe o dinheiro de volta é altíssima, e o dano com isso é tão alto quanto o dinheiro que foi emprestado.
* no último quadrante, finalmente, temos o campo do seguro, que é quando o dano até pode ser alto, mas a frequência é baixa, então vale a pena pra seguradora ganhar uma grana apostando na chance de que esse dano não vai acontecer.
2) Mensuração do Risco. O professor falou alguma coisa não muito satisfatória a respeito desse tópico. Na minha cabeça, até sei o que significa 'mensuração'. Mas como se faz isso ficou faltando. Enfim.
3) Tratamento. Então, depois de identificar os riscos e colocar na ponta do lápis quanto eles custariam (que imagino que seja a tal mensuração), vem o tratamento, que é a decisão de "o que fazer pra se livrar do risco (mas só daquele que vale a pena se livrar).
3.1) Eliminação Total do Risco
É autoexplicativo: tu podes escolher se livrar totalmente do evento de risco. Então, digamos, suponha uma indústria química que tem seus próprios funcionários de limpeza. Imagina que ela sempre tem acidentes sérios, fica com funcionários encostados, outros com sequelas, e paga altas indenizações. Ela pode simplesmente terceirizar esse setor e contratar outra empresa que se vire com isso. Assim, quem assume o risco pelos acidentes é a outra empresa.
3.2) Eliminação Parcial do Risco
Também é auto-explicativo. Nesse caso tu não se livra do risco, mas, "cuida mais pra que ele não aconteça tão seguido". Essa eliminação parcial se divide em duas hipóteses: 1) Prevenção - como no caso de sistemas de alarme; e 2) Manutenção - que pode ser periódica, pra evitar que, por exemplo, na indústria química mencionada no exemplo anterior, uma válvula se desgaste e libere gás tóxico ou ácido nos funcionários.
3.3) Tratamento Financeiro:
O professor mencionou três hipóteses de tratamentos financeiros. a) Guardar um valor, digamos mensal, pra caso o risco ocorra - que ele chamou de Caixa ou Fundo Total; b) jogar a perda média no fluxo mensal - que ele chamou de Orçamento; e 3) Transferir o Risco pra outro - que é a operação de Seguro.
Enfim. Paztejamos
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