domingo, 5 de março de 2017

Resumo - Aristóteles em Nova Perspectiva

--I. Os Quatro Discursos

O Olavo explica que Aristóteles deixou um ensino meio que 'embutido' nos seus escritos, que, se não fossem os eventos históricos que se seguiram desde a Antiguidade até o nosso tempo, teriam sido verificados mais facilmente. Segundo o Olavo, Aristóteles divide o discurso humano em Quatro Discursos - a Poética, a Retórica, a Dialética e a Lógica (ou Analítica). Essa divisão aristotélica do discurso teria sido percebida se não fosse a má organização do Órganon, a perda da Poética e a negligência dos filósofos à Retórica. Mas, graças a Deus, o Olavo "captou a mensagem" nas entrelinhas e nos trouxe essa percepção.

Esses quatro discursos estão colocados nessa ordem por representarem uma 'progressão da certeza'.

Poética -> Possibilidade
Retórica -> Verossimilhança
Dialética -> Probabilidade razoável
Analítica -> Certeza Apodíctica

 A Poética traz uma "potência" (aquilo que pode acontecer; algo da imaginação, cuja verdade pode ser ponderada, mas não necessariamente assumida); A Retórica já exige um julgamento do ouvinte, apontando numa certa direção, dizendo "deve ser assim ou assado"; A Dialética cruza as diversas crenças assumidas pela Retórica para ver se são consistentes entre si, a fim de tornar a opinião coesa; A Analítica parte das crenças assumidas da Dialética e as desdobra, analisando suas decorrências lógicas obrigatórias, 'aquilo que não pode não ser, assumidas as premissas'.

[Há uma parte que eu não compreendo bem, provavelmente por não ter lido Aristóteles, que é sobre a percepção também ser divida em quatro etapas: Sentidos, Memória, Imagens e Abstração - mas não ficou claro pra mim se é exatamente essa a divisão da percepção.]

--II. Um Modelo Aristotélico da História Cultural

A partir de sua nova teoria, o Olavo desenvolve um 'princípio', que ele chama de "Princípio da Sucessão dos Discursos Dominantes", que ele enuncia resumidamente como: "cada um dos quatro discursos desfruta de autoridade durante um certo período da história, e a ordem da sucessão dos discursos dominantes acompanha a escala da credibilidade crescente, do poético para o analítico." O que ele chama de "autoridade" é a 'credibilidade imediata que o público concede ao discurso da classe dominante'.

Segue daí uma descrição história do mundo ocidental com base no modelo aristotélico. Pra mim parece relativamente convincente, com a diferença que, na minha visão, eu tenderia a supor que os discursos vêm e vão, e não necessariamente progridem do poético ao analítico (se não, fica a pergunta: o que é que vêm depois do analítico?).

--III. A Presença da Teoria Aristotélica do Discurso na História Ocidental

(ainda estou lendo...)


Paztejamos

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