sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Palestra sobre David Horowitz e o livro A Arte da Guerra Política



Tópicos:

Introdução - Histórico
- David Horowitz
- Nikita Kruschov
- Stalin
- Lenin
- Universidade de Berkeley
- Guerra no Vietnã
- Isaac Deutcher
- Revista Ramparts
- Huey Newton
- Panteras Negras
- Betty Van Patter
- Jean Jacques Rouseau
- Pol Pot
- Eric Hobsbawm
- David Horowitz Freedom Center
- Front Page Magazine

Primeiro Tópico:
"Quem baseia a sua luta política na esperança da desistência do lado oposto já perdeu".
"O eleitorado brasileiro é muito mais vítima da covardia dos conservadores do que da ousadia dos revolucionários".

Seis Princípios da Arte da Guerra Política:
1) A Política é a Guerra conduzida por outros meios. Num debate político, vence aquele que consegue se comunicar com seu público final de maneira mais fácil, rápida e acessível. Não há confrontação de ideias porque o ambiente é 'triangular'. Existe X, Y e um terceiro ouvinte, que é quem escolhe.

2) Política é Guerra de posição. Num campo de batalha só existem amigos ou inimigos. É preciso se posicionar rapidamente como "amigo do público". Se eu não conseguir isso, serei posicionado como inimigo do público. Se não me posicionar, a esperança de não ser enquadrado como inimigo agora não garante que não serei enquadrado como inimigo depois. Num debate, é favorável usar palavras que remetam a amizade, como "esperança", "justiça", "caridade", "generosidade". "Se você está se explicando, você está perdendo".

3) Na Guerra política, o agressor geralmente vence. É preciso se posicionar como alguém de fibra e extremamente combativo. A vantagem de se posicionar primeiro no debate é que é você quem escolhe o terreno da batalha, e portanto escolhe os argumentos que garantem a vitória.

4) A posição é definida por Medo e Esperança. Quem é portador da esperança vence; quem porta o medo perde. É vantajoso enquadrar o opositor como o portador do medo, e se posicionar como o portador da esperança.

5) As armas políticas são os símbolos que evocam Medo e Esperança. Esses símbolos não são argumentos, são imagens, que portanto não podem ser refutados. Nos EUA, os Democratas dizem que os Republicanos são "a favor do enriquecimento dos ricos à custa do corte de benefícios aos pobres". Isso é mais ou menos verdade - e existe toda uma teoria econômica que justifica isso -, mas causa um impacto como um símbolo que transforma os Republicanos como portadores do medo e do risco. O símbolo dos Republicanos é "Os Democratas são a favor de mais dinheiro dado aos Democratas tirado do bolso do trabalhador". Um símbolo neutraliza o outro, e não é argumentativo, mas só impactante.  As mesmas ideias de símbolos estão presentes nas ideias de justiça social, de perseguição política, racismo, feminismo, elites brancas, etc.

6) A vitória fica do lado do povo. Eu tenho que falar no debate público pensando em como isso vai atingir meu público no final. Os esquerdistas se colocam no mundo como "nós somos a última esperança entre os representantes das elites e entre as mulheres, os negros, os pobres e os idosos". Se os conservadores não conseguirem amarrar as suas propostas políticas em atos concretos que beneficiem os menos favorecidos, eles nunca vão chegar ao poder. Hoje existe o 'monopólio da benfeitoria' na esquerda, e quem se opõe é taxado de 'branco representante das elites'.

Considerações Práticas:
- Rotulagem. Extremamente bem usado pela esquerda. Todo mundo que discorda da esquerda é "ultra-conservador", de "extrema-direita".

"as pessoas não vão se importar com o que você tem a dizer a não ser que elas acreditem que você se preocupa com ela. A arte da política é persuadir as pessoas que não te conhece e que você jamais vai conhecer a não ser por símbolos e frases de efeito que você se importa com elas."

Paztejamos

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